segunda-feira, 1 de junho de 2009





EUTANÁSIA - A MINHA OPINIÃO

Após várias pesquisas que tive que fazer para este trabalho e após reflexão exaustiva, considero a eutanásia como uma prática terapêutica, como uma forma de evitar o sofrimento quando a vida não tem mais sentido, quando não se dispõe de “qualidade de vida”.
Quando desligar a máquina?
A alimentação e a hidratação devem ser suspensas quando são inúteis para o doente. Além de inúteis, podem ser prejudiciais. Está-se a dar ao doente uma comida que ele não vai poder digerir, nem absorver. Neste caso, ainda é pior, a alimentação vai matá-lo mais depressa.
Mas esta decisão não é fácil de tomar nos casos concretos. É importante que tenhamos em mente que o ser humano deve ser respeitado nas suas potencialidades individuais.
Ninguém tem o direito de decidir sobre a vida ou a morte, mas é indispensável que as pessoas estejam completamente informadas sobre outras formas de alívio do sofrimento que não impliquem a eutanásia, como por exemplo os cuidados paliativos que tratam o sofrimento na vertente física, psíquica, social e emocional.
Há pessoas que têm outro tipo de sofrimento que não passa pelo aspecto físico e poderão necessitar de outro tipo de apoios, mas é fundamental que sejam esclarecidas acerca dos meios que têm ao seu dispor. Assim, sou a favor do cuidado domiciliário, pois considero que o sítio apropriado para a pessoa morrer é em casa, rodeada pelas pessoas que gostam dela e lhe dão conforto e carinho, pelas suas coisas, a ler os seus livros, a ouvir a sua música.
Também fiquei a saber que existem grupos de pressão interessados em legalizar a eutanásia por motivos de natureza económica, por quem paga os cuidados de saúde. Por isso as companhias de seguros estão interessadas na sua legalização.

Para terminar, penso que a mais recente notícia de que o projecto de lei do PS sobre os direitos dos doentes à informação e ao consentimento informado (testamento vital), já foi aprovado no Parlamento, PSD e CDS votaram contra, criticando o projecto por ser um passo para a eutanásia.
Temos que ver o que acontece no futuro, uma vez que as leis que contornam esta possibilidade são tão complexas e controversas, que na prática ficamos na mesma.
Uma coisa é dizer, em momentos de desespero, que se deseja a morte, e isto é um sentimento humano. Outra coisa é decidir morrer…

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