quarta-feira, 20 de maio de 2009

A Questão da Eutanásia

Nos dias de hoje, a Eutanásia é um facto presente na vida de todos nós. A verdade é que nunca estamos à espera que nos aconteça a nós tal situação, mas temos que a ter em consideração. Na minha opinião pessoal, acho importante rever-se esta questão da Eutanásia. Nos dias que correm, esta é muito falada e criticada. Existe quem a defenda e quem se oponha com "unhas e garras". Isto deve-se muito à religião, pois esta, infelizmente, tem um enorme peso na vida das pessoas crentes.

Pessoalmente, eu sou de acordo com a Eutanásia. Penso que, desde que se saiba cientificamente que já não existe actividade cerebral, que deve puder-se escolher entre viver (sobreviver), ou pôr um termo à vida. A meu ver, não faz sentido estar ligado a máquinas, sabendo que não há qualquer esperança de melhoras.

A verdade é que os médicos devem lutar pela vida das pessoas até ao último fôlego, mas muita das vezes, torna-se complicado, pois são eles que têm a vida das pessoas nas suas "mãos", e sentem a responsabilidade toda sobre si.

Acho importante rever-se esta questão, a Eutanásia, nem que isso signifique rever-se vezes sem conta. A vida do ser Humano deve ser respeitada ao máximo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"O Médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu início."





Não fará a morte também parte do que se pode considerar vida Humana? Desde o momento do nascimento o Homem tem como certa a mortalidade, nesse caso não deveria essa etapa final da vida Humana ser passada de uma forma mais "suave", quando o sofrimento é inultrapassável e não há possibilidade de sobrevivência?

Há, no entanto,algumas questões que gravitam em torno deste tema e que não são devidamente comentadas, como sejam os cuidados paliativos e a "pseudo-eutanásia" que sempre se praticou nos hospitais.

Em Portugal, infelizmente, a saúde no que toca aos cuidados paliativos ainda é muito arcaica, poucos são os hospitais que se debruçam verdadeiramente nessa área, já para não falar dos mesmos a nível domiciliário, o que é practicamente inexistente.
Se esses cuidados fossem utilizados com mais regularidade muitas pessoas poderiam ter uma morte digna, com muito menos sofrimento, o que por sua vez iria diminuir os casos de eutanásia.
A falta de recursos económicos leva muitas pessoas a ter uma morte miserável, tanto nos hospitais como em casa. No entanto, muitas clínicas e hospitais particulares já praticam este tipo de serviços a alguns afortunados cidadãos que têm possibilidades financeiras para os suportar.
Nesse caso pode dizer-se que, infelizmente, o direito a uma morte digna está apenas ao alcance de uma pequena fatia da população quando deveria ser usufruida por todos.

Outra questão é a eutanásia que já se pratica nos hospitais, quando os médicos decidem não prolongar a vida com tratamentos que consideram desnecessários, ou desligam suportes de vida quando entendem não haver reversibilidade no estado do doente.
Talvez seja uma eutanásia camuflada, mas não deixa de ser eutanásia.

Em última análise e esgotando todas as possibilidades de alívio de dôr ou indignidade, a eutanásia deveria ser legalizada, deixando a cada um a possibilidade de escolher a forma de morrer, num gesto de misericórdia para com o sofrimento humano.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Deontologia médica: a problemática da Eutanásia

No actual Código Deontológico dos Médicos, pode ler-se o seguinte:

Artigo 47.º (Princípio Geral)

«1. O Médico deve guardar respeito pela vida humana desde o seu início.

2. Constituem falta deontológica grave quer a prática do aborto quer a prática da eutanásia.

3. (...)

4. Não é também considerada Eutanásia, para efeitos do presente artigo, a abstenção de qualquer terapêutica não iniciada, quando tal resulte de opção livre e consciente do doente ou do seu representante legal, salvo o disposto no artigo 37.º, nº1.»

Artigo 49.º (Dever da abstenção da terapêutica sem esperança)

«Em caso de doença comportando prognóstico seguramente infausto a muito curto prazo, deve o Médico evitar obstinação terapêutica sem esperança, podendo limitar a sua intervenção à assistência moral do doente e à prescrição ao mesmo de tratamento capaz de o poupar ao sofrimento inútil, no respeito do seu direito a uma morte digna e conforme à sua condição de Ser Humano.»

Artigo 50.º (Morte)

«1. A decisão de pôr termo ao uso de meios extraordinários de sobrevida artificial em caso de coma irreversível, com cessação sem regresso da função cerebral, deve ser tomada em função dos mais rigorosos conhecimentos científicos disponíveis no momento e capazes de comprovar a existência de morte cerebral.»

Após leitura e reflexão do que ficou acima transcrito, elabore um pequeno texto onde expresse, no essencial, a sua opinião acerca da interdição da prática da Eutanásia, por parte dos Médicos.


Tópicos para desenvolvimento do texto

.Considera importante rever esta questão?

.Vê incompatibilidade entre a exigência máxima de respeito pela vida humana, expressa no ponto 1. do Artigo 47.º, e a prática da eutanásia?

Bom trabalho!