terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

ÉTICA E DEONTOLOGIA



Não seria inoportuno interrogarmo-nos como é posta em prática a ética na profissão, pois, se não a exercitamos, definha-se, morre e esquecemo-nos que ela existe.

Muitas vezes, somos nós próprios, na nossa profissão, a furtarmo-nos a um bem tão precioso como é a ética no relacionamento com os outros. Contabilizamos as nossas expectativas sempre no intuito de obter ou reaver, sem qualquer forma desinteressada, o bem próprio. Cultivamos um certo padrão de importância e pretendemos um trato especial, pensamos que a ética é um papel a executar não por nós, mas pelos outros.

É isto que acontece de forma tão disfarçada, que nem tomamos verdadeira consciência quando recorremos a subterfúgios, para justificarmos e subtilizar a ética que praticamos na profissão. Esta aparece desmedidamente destituída de códigos éticos, morais e deontológicos específicos porque se usam pretextos que reflectem atenção excessiva à própria pessoa, predominando os interesses pessoais.

Todos os cidadãos, enquanto seres gregários, devem ser capazes de reconhecer princípios de conduta essenciais à vida em comunidade. De outra forma, seria impossível a vida em sociedade. Mesmo não tendo conhecimento da Constituição da República Portuguesa ou da Constituição Europeia, qualquer cidadão Português ou Europeu reconhece que existe um conjunto de princípios de conduta aos quais está necessariamente obrigado, de entre os quais podemos salientar o princípio da liberdade de pensamento, de expressão, política ou religiosa.

De igual modo, dentro da sociedade, existe um conjunto de profissões e instituições com as quais cada cidadão se relaciona ou das quais faz parte e que estão igualmente gizadas por princípios básicos de conduta. Dentro das instituições poder-se-iam destacar: os escuteiros, os bombeiros e, dentro das profissões: os professores, médicos e advogados...

Caberá a cada um de nós dar um novo ânimo à lei moral, fazendo das acções humanas um eco de responsabilidade e de respeito pelos outros e pela comunidade onde estamos inseridos.

Existem códigos deontológicos com carácter normativo e vinculativo, ou seja, que obrigam os profissionais de determinada actividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos. Por outro lado há códigos deontológicos cuja função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.

Deontologia dos Colaboradores do Banco Espírito Santo

  • Princípios gerais de conduta
    No relacionamento com Clientes, fornecedores, prestadores de serviços e concorrentes, os Colaboradores devem ser profissionais, competentes, diligentes, leais e íntegros.
    Devem comportar-se, no exercício da sua actividade, de forma correcta, conscienciosa, cortês,acessível e disponível.

Paulo Sena

Ética e Deontologia - Respostas à ficha 1

- Função vinculativa: tal como o nome indica trata-se de um código com vínculo de caracter obrigatório, todo o individuo que faça parte de determinado grupo, associação ou empresa onde exista este tipo de código, deverá cumprir as normas e regras impostas pelo mesmo, sob pena de poderem ser aplicadas sanções até a nível judicial.

- Função reguladora: tem como objectivo orientar, regular as condutas de cada indíviduo por forma a evitar excessos daquilo que está pré-definido como norma, impedir abusos ou faltas de respeito, não se admitem exageros nem defeitos, no entanto cada um terá liberdade de escolher a melhor opção e espera-se que de acordo com a sua "boa moral" e consciência. As sansões não são de caracter judicial, apenas uma chamada de atenção, que em alguns casos poderá trazer repercusões de algum modo negativas, como por ex. exclusão do grupo, afastamento dos clientes, perda de credibilidade, etc.



Reflexão:

Como todos nós sabemos, todos os códigos deontológicos são criados tendo por base a Declaração Universal dos Direitos Humanos, sendo depois adaptáveis às especificidades de cada grupo.

Estes códigos servem muitas vezes para nos ajudar a orientar em situações problemáticas, em grandes dilemas de consciência, quando não sabemos como agir, se em função da nossa ética, de acordo com a nossa consciência e os nossos princípios, ou de acordo com a nossa moral, em consciência com aquilo que deverá ser mais correcto a nível social e colectivo.

Pessoalmente, penso que estes códigos só terão valor se cada um de nós actuar, decidir e/ou agir com rigor e transparência, factos raros nos dias de hoje em que estamos cada vez mais egoístas, gananciosos e mais virados para o superfulo, não nos preocupamos com o impacto que as nossas acções poderão ter no outro, cada vez menos existe a questão da moral e bons princípios. Penso que tudo deverá começar nas nossas casas, pelos princípios que os nossos avós nos ensinaram e depois aprender a adequá-los ao nosso crescimento tanto a nível pessoal como profissional.

Gostaría de ver mais rigor nas decisões politicas e sansões adequadas aos crimes economico-financeiros a que assistimos diariamente, mas não, parece que andamos todos cegos!!!Será que existe algum código deontológico dos politicos??Não me parece.

domingo, 22 de fevereiro de 2009


A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui uma consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal . Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exige maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Ou seja, enquanto a Ética é teórica e reflexiva, a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra.

A Ética reflecte criticamente o que a moral estabelece. A moral é o conjunto de regras concretas.

A ética é a disciplina filosófica onde reflecti criticamente a moral, para assim por em pratica se for o correcto.
A ética é importante por que respeita os outros e a dignidade humana, ética é o que todos temos só falta desenvolver e acreditar no bem, a ética nos orienta e nos ajuda para uma vida boa; Mas boa em que sentido? No sentido do bem, fazer o bem para com as pesosoas, ajudar, orientar e pensar em outros e pensar neles também para podermos ser felizes, atingir a felicidade está também em atingir a felicidade do outro. A ética é practicada sem nenhum tipo de determinação vem de dentro, do consciente.

Afinal o que é a moral? A moral é o conjunto de regras, normas de uma sociedade ou região, é importante porque há muitas pessoas que desrespeitam as leis e são de um instinto mal.
A Moral é importante por que não temos piloto automático e nossa sociedade é muito cruel. A moral é um conjunto de conduta, A moral é o dever de um cidadão na sociedade.
A Moral e a ética são temporais, ou seja, ao longo do tempo se vai modificando, evoluindo, por que estão abertos a novos conceitos e criticas.
A moral não pensa na Liberdade e na dignidade do individuo, e a ética tem como ponto de partida esses dois valores.

Ferá a Ética e a Moral na verdade parte das nossas sociedades, e será que as leis de Ética sao na verdade impostas na nossa sociedade?

sábado, 21 de fevereiro de 2009

REFLEXÃO - ÉTICA E DEONTOLOGIA


Tal como apresentado no texto da ficha 1, na minha opinião pessoal, muitas vezes os códigos deontológicos servem como suporte de defesa do corporativismo profissional. A ética deontológica, tem servido ao longo dos anos, para protecção das classes, que a utiliza muitas vezes por tudo e por nada para se proteger de outras classes. "Não podemos divulgar as nossas fontes ao abrigo da ética deontológica.... Não podemos dar essa informação porque o nosso código deontológico o não permite... Não porque o código de.......". Os códigos deontológicos podem monopolizar e instrumentalizar as questões e debates da sociedade actual, sendo portanto portadores de alguns perigos para a sociedade. Deve haver ética profissional e código deontológico em sectores ou profissões, mas penso que o bom senso tem de imperar e as interligações entre códigos deverão existir, sempre ao abrigo dos direitos fundamentais e das convenções mundiais. Conforme podemos observar na imagem a ética política anda sempre nas "ruas" da amargura. Será que os políticos e outros profissionais deveriam , talvez, esquecer um pouco a ética e ligar mais aos factos? Factos são os apresentados nesta imagem!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

CÓDIGOS DEONTOLÓGICOS

Um código deontológico é um conjunto de normas, comportamentos e obrigações que devem
pautar a actuação do profissional na sua prática diária. Em todas as profissões , deverá haver um código de ética, que pautará a actuação dos profissionais de forma a defender os interesses da comunidade, salvaguardar o profissional e honrar a profissão.

Existem códigos deontológicos com carácter normativo e vinculativo, ou seja, que obrigam os profissionais de determinada actividade a cumprir com rigor os princípios estabelecidos. Por outro lado há códigos deontológicos cuja função principal será a regulação profissional sendo exclusivamente um instrumento consultivo.
Os códigos têm de estar de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, de modo a garantir que não haja, ao abrigo de códigos deontológicos, perigo de abusos por parte de determinado grupo sobre a sociedade em geral.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ética e Deontologia - Ficha 1

«Do grego "ethiké" ou do latim "ethica" (ciência relativa aos costumes) ética é o domínio da filosofia que tem por objectivo o juízo de apreciação que distingue o bem e o mal, o comportamento correcto e o incorrecto. Os princípios éticos constituem-se enquanto directrizes, pelas quais o homem rege o seu comportamento, tendo em vista uma filosofia moral dignificante. Os códigos de ética são dificilmente separáveis da deontologia profissional, pelo que não é pouco frequente os termos ética e deontologia serem utilizados indiferentemente.

O termo Deontologia surge das palavras gregas "déon, déontos" que significa dever e "lógos" que se traduz por discurso ou tratado. Sendo assim, a deontologia seria o tratado do dever ou o conjunto de deveres, princípios e normas adoptadas por um determinado grupo profissional. A deontologia é uma disciplina da ética especial adaptada ao exercício de uma profissão.

Existem inúmeros códigos de deontologia, sendo esta codificação da responsabilidade de associações ou ordens profissionais. Regra geral, os códigos deontológicos têm por base as grandes declarações universais e esforçam-se por traduzir o sentimento ético expresso nestas, adaptando-o, no entanto, às particularidades de cada país e de cada grupo profissional. Para além disso, estes códigos propõem sanções, segundo princípios e procedimentos explícitos, para os infractores dos mesmos. Alguns códigos não apresentam funções normativas e vinculativas, oferecendo apenas uma função reguladora. A declaração dos princípios éticos dos psicólogos da Associação dos Psicólogos Portugueses, por exemplo, é exclusivamente um instrumento consultivo. Embora os códigos pretendam oferecer uma reserva moral ou uma garantia de conformidade com os Direitos Humanos, estes podem, por vezes, constituir um perigo de monopolização de uma determinada área ou grupo de questões, relativas a toda a sociedade, por um conjunto de profissionais.»

Fonte: consultar AQUI


Actividade

- Após leitura do texto e consulta da sua fonte (atenção - encontram outras ligações disponíveis que podem ter interesse):

a) Mostre a diferença entre a função vinculativa e a função reguladora dos códigos deontológicos.

b) Elabore a sua reflexão pessoal acerca do valor destes códigos.

Bom trabalho!


Imagem: pesquisa do Google